ABRIL, MAIO E JUNHO | 2024

A arte livre é tanto uma possibilidade resultante da democracia quanto um agente na sua construção e consolidação

 

Consultar a agenda:

https://www.teatrodevilareal.com/images/programas_pdf/TVR_agenda_83.pdf

 

Este ano celebram-se os 50 anos do 25 de Abril, momento charneira da nossa vida democrática. A arte livre é tanto uma possibilidade resultante da democracia quanto um agente na sua construção e consolidação. Por isso, o Teatro de Vila Real associa-se a estas comemorações e a esta aspiração cívica com nove propostas artísticas de vários géneros: peças de teatro para adultos e crianças, uma conversa com poetas e um concerto especial.

Através do teatro falamos com os mais novos sobre justiça e injustiça, pela mão de Joana Providência, e com os adultos sobre emigração clandestina, numa co-produção em estreia com a Urze Teatro. Sara Barros Leitão conta-nos os últimos 50 anos da nossa democracia depois de mergulhar em registos do Parlamento e João Garcia Miguel projecta na vida de um casal o nosso enredo colectivo, servindo-se de textos da Natalia Correia e testemunhos do General Garcia dos Santos, um dos capitães de Abril. Um grupo de jornalistas do Norte reflecte, a partir de “A Noite”, de José Saramago, sobre o futuro do jornalismo. E no Clube dos Poetas Vivos, promovido pelo TNDMII em parceria com a Casa Fernando Pessoa, também falaremos do 25 de Abril.

Celebramos este momento da democracia ainda com música: Cristina Branco canta José Afonso, revisitando o seu disco “Abril”, e terá a participação da Orquestra de Jazz do Douro em alguns temas.

A música neste trimestre tem outros intérpretes e momentos, como os Capitão Fausto, Paulo Furtado e o seu alter ego The Legendary Tigerman, todos os concertos de mais uma edição do Rock Nordeste e um fim-de-semana dedicado à reinvenção da música tradicional, com dois projectos regionais — Ambria Ardena e Batucada — e Ana Lua Caiano.

No teatro temos de destacar “A Rainha da Beleza de Leenane” das Produções Próspero, “Frida Kahlo”, da ACERT, e o momento em que à celebração do vigésimo aniversário do TVR associamos a celebração do vigésimo aniversário da Peripécia Teatro e da sua icónica criação “Ibéria – A Louca História de Uma Península”, reinventada vinte anos depois.

Neste trimestre vamos “Aprender a ver dança”, com Vera Santos, o que nos pode proporcionar uma fruição mais profunda do espectáculo que celebra os 25 anos da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo e da dança mais experimental de Ana Isabel Castro e Deeogo Oliveira, no programa Palcos Instáveis.

O Serviço Educativo / Mediação de Públicos tem variadas propostas e conta com o regresso das Conversas de Bastidores, que têm protagonistas da dança (Joana Providência), do teatro (João Garcia Miguel) e da música (JP Simões).

Cinema (com um programa que inclui dois filmes do nosso Paulo Castro) e diferentes expressões de jazz no Café-Concerto completam um programa eminentemente democrático na sua diversidade e no estímulo a uma cidadania curiosa e participativa.

 

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